Pois é, não dá pra entrar em setembro (apesar de já estarmos praticamente no meio dele) sem pensar nos atentados nos EUA.
Na época, muito se falou na dificuldade de lutar contra um inimigo que não tem medo de morrer, e isso me fez refletir sobre a violência que enfrentamos todos os dias aqui em São Paulo.
Quantos homens e mulheres daqui estão dispostos a morrer? Não por uma causa, mas pela falta dela. Os terroristas tem à sua frente o paraíso, onde ele terá a compensação pelo seu sacrifício. Aqui, os marginais (e por marginal leia-se todos que realmente estão "à margem) não temem a morte. Qualquer que seja a situação após a morte, deve ser melhor do que a realidade que eles vivem.
Não é a miséria econômica que move os terroristas urbanos. É a miséria moral, é a falta de perspectiva. Não há futuro. E não há saída para a violência que eles vivem. Morrer, mesmo que seja para deixar de existir, mesmo que não haja nada além, é mais atrativo que continuar aqui.
O inimigo é muito mais perigoso do que imaginamos.
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Clau, infelizmente esse seu post está perfeito. É bem essa nossa realidade...
beijos, e beijinho na Sofia. Estou com saudade das duas!!